20 de dezembro 2022
Com a vinda de um bebé queremos comprar tudo, fazemos uma lista enorme, não queremos que falte nada para o grande dia!
Envolvemos, os avós, os tios e amigos no nosso momento, recebemos as melhores opiniões, conselhos e todos querem fazer parte dos melhores presentes.
Há acessórios que são imprescindíveis e outros nem por isso… é só para o caso de precisarmos.
O carrinho, marsúpio e slings são dos acessórios que nos dias de hoje ainda dão que pensar… uns porque possuem várias opções de escolha e outros, porque não há informação suficiente sobre os benefícios para o nosso bebé.
Carrinho de bebé
O carrinho é uma das opções, que a nós pais, ainda dá “dores de cabeça”. Além de termos de ponderar as caraterísticas de cada um… sim, porque temos carrinhos citadinos, que combinam a funcionalidade com o nosso estilo, carrinhos com rodas duras e grossas para enfrentar qualquer terreno, e ainda, e não menos importante, o espaço da mala do carro.
Os critérios de segurança, conforto, ergonomia, robustez, flexibilidade, espaço de ocupação, são muito importantes na compra deste objeto de máxima utilidade e que irá consigo para todo o lado. Segundo alguns profissionais, existem 4 itens importantes a ter em conta, que podem ajudar na hora de escolher o carrinho para o seu bebé:
- Segurança – confirmar se o carrinho está homologado segundo as normas europeias de segurança, para as diferentes fases de desenvolvimento do nosso bebé.
- Leveza – que seja fácil de manobrar e de arrumar.
- Resistência – como se trata de um acessório caro e essencial no enxoval, o importante é rentabilizar o investimento. O aconselhado é que acompanhe o nosso bebé desde o nascimento até aos 3/4 anos.
- Conforto – Verificar o encosto e o acolchoado interno é importante, pois permite acomodar o nosso bebé de forma mais agradável e com maior conforto.
Marsúpios
O marsúpio é um tema que gera alguma discórdia. É recomendado por alguns pediatras e fisioterapeutas, mas desaconselhado pelas consultoras de babywearing. Um dos pontos de discórdia, é a ideia que os marsúpios são causadores de Displasia da Anca, o que para alguns profissionais de saúde o tratamento desta patologia é colocar o bebé com as pernas abertas a 180º.
As pessoas que estudam o desenvolvimento do bebé e os diferentes tipos de porta-bebés (tais como composição, matérias-primas), as consultoras de babywearing, consideram os marsúpios fortemente prejudiciais em 3 pontos:
- Desenvolvimento da anca e inflamações genitais – Os bebés ao terem as pernas penduradas, pode causar luxações da anca e pressões na zona genital.
- Não são ergonómicos – O tecido das costas é demasiado rígido, principalmente para os primeiros meses de vida (2-3 meses). O bebé, após os 9 meses em posição fetal, não há “razão” para colocar nos primeiros meses a coluna numa posição reta. Devemos deixar prosseguir naturalmente a maturação da coluna vertical.
- Demasiada tensão para quem o transposta – Não distribui de forma equilibrada o peso, lavando a possíveis dores localizadas em nós pais.
Slings
O sling é em tecido geralmente com 5 metros de comprimento por 60 cm de largura, que através de argolas ou em forma de enrolar à cintura, prende o bebé a quem o estiver a usar.
O sling é o que menos causa discórdia, uma vez que pelas suas caraterísticas, além de estreitar o vínculo entre quem usa e o bebé, oferece liberdade e evita dores nas costas e nos braços.
Após algumas pesquisas, e não por experiência própria, abaixo saliento vantagens do uso do sling (creio que não esqueço nenhuma):
O calor do corpo e a posição que o bebé fica, aliviam cólicas e refluxos.
- Ao distribuir corretamente o peso do bebé pelo sling, evita-nos dores nas costas.
- Após dar de mamar, papa ou biberão, permite que fique em posição vertical.
- Enquanto damos colo ao nosso bebé, oferece-nos mais liberdade ás mãos.
- Estreita o vinculo.
- Ideal para os primeiros meses de vida do bebé.
- Evita a preocupação de empurrarmos o carrinho por ruas esburacadas.
- Com a proximidade, é possível perceber e solucionar qualquer problema que o bebé possa ter.
A minha experiência pessoal
O marsúpio e o sling, são geralmente acessórios que compramos para quando precisarmos. Não ocupam espaço, e facilitam as deslocações com o nosso filho, mantendo-o em contato connosco, sem ter de apoiá-lo nos braços, ficando os mesmos livres para realizar outras atividades.
Pessoalmente, eu não comprei, emprestaram-me um marsúpio na gravidez da minha filha mais nova, Maria Leonor.
Confesso que sou uma mãe que “estraga” com colo, adoro tocar, mimar e sentir, mas apenas utilizei o marsúpio uma vez…
Não sei explicar o motivo pelo qual não dei uso a este acessório, mas experimentava em casa, e depois não conseguia colocar a Maria Leonor quando saía à rua, mas tinha-o sempre no carro, caso algum dia precisasse.
Nesse dia, tinha a Maria Leonor 9 meses, eu estava sozinha com os meus três filhos, e precisava de umas “nicas” para casa, e tinha de ir ao hipermercado mais próximo.
Além da pressa, tirar o carrinho da mala do carro, parecia-me muito trabalho…coloquei o marsúpio e com toda a minha insegurança, consegui levar a Maria Leonor e dar a mão aos mais pequenos, e ainda, trazer as “nicas” na mochila.
Lembro-me, que me senti observada, ou porque acharam piada levar os três em cada lado ou por discordarem do que estava a fazer…
Não me considero fanática em redor de determinados temas, acho que devemos conciliar o melhor para os nossos filhos, simplificando a azáfama do dia-a-dia. O ideal é dar liberdade para experimentar e nunca impor como se fosse uma das sete maravilhas da maternidade.
E se hoje em dia, temos acessórios que nos permitem conciliar liberdade de movimento das mãos, braços, enquanto estamos a dar colo ao nosso bebé, porque não usar?
Existe alguma melhor coisa no mundo do que sentirmos o coração, cheiro e a pele macia do nosso bebé?
Por: Ana / Carmen